Resenha: Amante Eterno (J. R. Ward)


Livro: Amante Eterno
(Irmandade da Adaga Negra, Livro 2)
Autora: J. R. Ward
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 448
Ano: 2010
Sinopse: "Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra entre vampiros e seus carrascos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Possuído por uma besta letal, Rhage é o membro mais perigoso da Irmandade da Adaga Negra. Dentro da Irmandade, Rhage é o vampiro de apetites mais vorazes. É o melhor lutador, o mais rápido a reagir, baseado em seus instintos, e o amante mais voraz, porque em seu interior arde uma feroz maldição lançada pela Virgem Escriba. Possuído por esse lado sombrio, Rhage teme constantemente que o dragão dentro de si seja liberado, convertendo-o num perigo para todos à sua volta. Mary Luce, uma sobrevivente de muitas adversidades, entra de maneira involuntária no universo dos vampiros, contando apenas com a proteção de Rhage. Concentrada em combater a sua própria maldição, potencialmente mortal, Mary não está buscando o amor e perdeu sua fé em milagres tempos atrás. Mas quando a intensa atração animal de Rhage se transforma em algo mais emocional, ele sabe que Mary precisa ser sua e de mais ninguém. E enquanto os inimigos fecham o cerco, Mary luta desesperadamente para alcançar a vida eterna com aquele que ama..."
Quem leu o primeiro livro da série (Amante Sombrio), com certeza se sente impulsionado a continuar lendo a Irmandade da Adaga Negra. E em Amante Eterno, a J. R. Ward decide dedicar a história para o guerreiro Raghe, ou hollywood, como ele é chamado pelos outros irmãos. História que é bem diferente da do rei, o que não deixa de ser um romance e nem o faz menos perfeita. Mas então vamos começar. 

Raghe que é incrivelmente atraente foi amaldiçoado pela virgem Escriba, e com isso tem que suportar uma besta a todo o momento dentro de si, e que se liberta toda vez que ele não consegue controlar sua raiva. Então para manter seu autocontrole ele recorre sempre a muitas lutas e a muito sexo, o que faz jus a fama que tem. Mas mesmo assim às vezes ele se descontrola, o que faz com que a besta seja libertada, fazendo um total arraso e o deixando cada vez mais frustrado todo vez que volta a sua forma humana/vampira. 

Mary é uma mulher muito doente e dona de uma voz que é capaz de tocar o mais profundo da alma, mesmo de uma besta. É vizinha de Bella e é através dessa vampira que Mary passa a conhecer Raghe, que mesmo proibido por Thor, um dos irmãos da IAN, a ter qualquer contato com ela, decide conhecer melhor a mulher que lhe encantou. 

No decorrer da história ele decide arrumar um jeito, através de Bella, de encontrar Mary, que mesmo sem conhecê-lo decide arriscar nesse encontro. Mas quando ela viu que a pessoa que ela iria encontrar era o lindo, sedutor, e perfeito do Raghe (que estava usando outro nome, pois tinha a intenção de faze-la esquecer desse momento), teve a certeza que Bella estava lhe pregando uma pegadinha, pois achava que essa perfeição de homem era muita areia para o seu caminhãozinho dela. (Eu não me importaria de dar várias viagens até buscar toda essa areia! rs). E como eu dei risadas nesse encontro!

Raghe se envolveu muito com ela, o que fez falho seu plano de eliminar da mente dela todos os momentos passados juntos. Com o decorrer do tempo a história deles se tornou um relacionamento que era bem complicado, cheio de obstáculos. Ela, frágil (só um pouco) e doente (leucemia), e ele com uma besta em seu interior. Um amor que no começo parecia impossível, pois Mary sempre despertava a besta que tem dentro de Raghe. Ele não entendeu porque a besta sempre queria sair, pois antes de conhecê-la ele havia ficado com muitas outras mulheres, e muitas mesmo, e isso só servia para acalma-la, mantendo-a presa. Mas depois ele compreendeu que a besta também estava fascinado por essa mulher.

No final, quando a doença de Mary não tinha mais jeito, Raghe pediu a Virgem Escriba para poder salva-la, mas em troca disso a Deusa decide tirar dela todas as lembranças relacionadas à Raghe e apenas ele iria se lembrar da história vivida pelos dois. Além do que, ele iria ter que permanecer com a besta em seu corpo até o momento da sua morte. 
“(...) E se deixa-la viver significa que deverá permanecer com sua maldição até ir para o fade”?
- Eu ficaria feliz de manter o monstro dentro de mim.
- Odeia-o.
- Mas eu a amo. (Página 426)”
Mas a Virgem Escriba decidiu não apagar as lembranças de Mary, permitindo que os dois ficassem juntos por descobrir que ela era estéril, e a procriação é considerada uma das maiores preciosidades da Deusa. E ainda deu a ela o poder de decidir quando ir ao Fade, (que provavelmente será quando o Raghe partir dessa vida). 

Quem leu o livro percebeu que apesar de Rhage ser o foco principal da narrativa, ele não é o único a ganhar destaque. Todos os irmãos têm seus momentos, claro, mas Zsadist e Phury têm uma participação mais forte no final do livro, o que permite que se conheça um pouco mais profundamente os irmãos. 

A história é linda, apaixonante, muito envolvente. Só me fez ficar mais fã da Irmandade da Adaga Negra e colocar a Ward na minha lista de autores favoritos. Então eu super recomendo!

Resenha por: Dinária Gomes
     (Colaboradora do Blog.)